segunda-feira, 3 de setembro de 2012

CRACHÁ - HAVENDO REGULAMENTAÇÃO O USO É OBRIGATÓRIO



Sergio Ferreira Pantaleão

            O crachá é um cartão de identificação que tem por objetivo, justamente, identificar o empregado que faz parte do quadro de empregados da empresa.
Há empregados que são resistentes em utilizar o crachá e tentam ridicularizar este procedimento, alegando que não precisam de um pedaço de plástico para serem reconhecidos dentro da empresa.
            O fato é que o crachá, além do objetivo acima indicado, também possui outras funções importantes como o meio pelo qual o empregado se utiliza para fazer o registro de entrada e saída no ponto. Além disso, o seu uso traz segurança para o próprio empregado, pois em empresas que possuem um quadro muito grande de pessoal, o fato de uma pessoa estar ou não portando o crachá da empresa garantirá ou não o acesso dela a determinados setores ou a determinados ambientes da empresa.
Isto possibilita que a empresa evite que pessoas estranhas e que tenham má intenção, pratiquem atos contra os seus empregados ou contra a própria companhia.
            Embora muitos acreditam que não há qualquer legislação que discipline o seu uso, a Norma Regulamentadora - 11 estabelece que, no caso de empresas que tenham equipamentos de transporte motorizado (empilhadeiras, por exemplo), os operadores devam ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível.
            Não obstante, para outros setores não previstos na NR-11, a CLT possibilita que o empregador se utilize de seu poder diretivo para estabelecer, por meio de políticas ou procedimentos internos, bem como de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o uso obrigatório de crachá.
            Caso a empresa não estabeleça o uso do crachá pelos meios citados no parágrafo anterior, poderá fazê-lo, ainda, por meio de aditivo contratual coletando, previamente, a assinatura de cada empregado dando-lhe ciência da obrigatoriedade do uso.
Como não há um padrão legal a ser obedecido, cada empresa poderá estabelecer um modelo específico de acordo com suas necessidades, inserindo os dados de seus empregados que melhor lhe convir, tais como:
Frente do crachá:
  • Nome (fantasia) da empresa;
  • Foto do empregado;
  • Nome completo ou "nome de guerra" do empregado;

Verso do crachá:
  • Estabelecimento ou setor onde trabalha;
  • Tipo sanguíneo;
  • Carteira de trabalho ou RG;

            Havendo a regulamentação por parte do empregador, o empregado será obrigado a utilizá-lo, sob pena de advertência, suspensão ou outras medidas disciplinares que a lei ou a convenção coletiva assim o estabelecer.
            Também poderá estar sujeito às penalidades previstas os empregados que se utilizarem de crachás de outros para registro de ponto ou outra finalidade diversa que não a estabelecida.
            Vale lembrar que cabe ao empregador agir dentro dos limites de seu poder diretivo aplicando as sanções com razoabilidade, uma vez que configurado o abuso de poder, as penalidades aplicadas com excesso poderão ser revertidas na Justiça do Trabalho.
            Como o uso do crachá normalmente é determinado pelo empregador, cabe a este fornecê-lo aos empregados gratuitamente. No entanto, assim como toda ferramenta de trabalho, o empregador poderá estabelecer que o empregado deve, além de usar, zelar pelo crachá fornecido e utilizá-lo para a finalidade a que se destina.
            Caso o empregador comprove a má utilização ou o descuido na sua manutenção, poderá prever em procedimento interno ou convenção coletiva que o empregado arque com a despesa na confecção do novo crachá.
            Por outro lado, havendo o desgaste natural na sua utilização e sendo necessária a substituição, cabe ao empregador providenciar, sem qualquer ônus ao empregado.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Motivos para fazer um crachá para sua empresa



            Verificamos em muitas empresas que os funcionários utilizam os crachás para entrar na empresa, passar por lugares adequados, ser reconhecido por companheiros que não o conhecem e principlamente ser reconhecido pelos clientes e fornecedores. Mas existem empresas que ainda não perceberam dessa importância, pensando assim como podemos afirmar que uma empresa que não tem crachá pode ser menos organizada?

            Na realidade, tudo começa pela forma de apresentar o profissional que lá esta trabalhando, imagine se um cliente muito importante vista sua empresa, provavelmente ele não conhece ninguém que ali trabalha. Pense como seria inconveniente todas as vezes que ele fosse a algum lugar tivesse que parar e perguntar quem é a pessoa e o que ela faz naquele lugar, ou até mesmo momentos mais simples no qual o cliente esquece qual o nome do funcionário e tem que interromper para ficar perguntando o nome da pessoa que o está acompanhando.

            Outro fator importante para o uso dos crachás é para os acessos aos lugares de sua empresa, pois não seria adequado um profissional da área de vendas passear pela área de estoque ou financeiro, pois não teria motivos para isso, a não ser que seja requisitado e com crachá de identificação é fácil reconhecer a pessoa e de qual departamento ela pertence, estes que podem ser percebidos com um código de barra na parte de trás do mesmo ou até mesmo com tecnologias mais inovadoras como smart-card de proximidade, por exemplo.

            Pensando no psicológico das pessoas, vamos analisar da seguinte maneira: Como seria bom você se sentir parte da empresa e tendo orgulho de trabalhar no lugar que está trabalhando? Pois bem, um crachá com uma lay-out bem desenvolvido é fator importante para a auto estima do profissional, principalmente quando você trabalha em uma multinacional ou em uma empresa referência em sua cidade e tem orgulho de mostrar para as pessoas onde você está trabalhando e sua área de atuação.

            Além destes importantes fatores existem outros mais técnicos ligados a área de Recursos Humanos. Desta forma podemos afirmar que a utilização de crachás não são gastos com os profissionais da sua empresa, mas sim um investimento para o mesmo.

sábado, 28 de julho de 2012

Com quem meus pais irão morar?

“Com quem meus pais irão morar?” Com quem minha mãe viúva e doente irá morar, com qual filho ou filha meu pai viúvo irá ficar, quem tomará conta de minha avó ou avô? Por trás dessas perguntas, toda uma vida familiar está exposta, com suas desavenças, suas diferenças, sua união e seu amor familiar. A dependência de nossos pais e avós pode ser uma realidade mais difícil do que possamos imaginar. As diferenças entre irmãos e netos também. Tudo isso sem falar na própria personalidade do idoso dependente ou não, que poderá tornar a vida da família num lugar mais amoroso e acolhedor. Ou num verdadeiro inferno.
Antes de pensar em trazer e cuidar de seus pais ou avós em sua casa, considere estas perguntas:
  • Eu e minha família nos damos bem o suficiente para viver juntos novamente com meu pai ou minha mãe idosa? Temos uma relação positiva e condições de cuidar bem deles? Se você tem ou teve um relacionamento complicado, cuidar dos pais em sua casa pode não ser a resposta certa. Será que o seu cônjuge/companheiro e seus filhos concordam que trazer seus pais para a sua casa é a melhor forma de cuidar deles?
  • Como vamos resolver os problemas que certamente surgirão? Quando as coisas ficarem tensas e os desentendimentos surgirem,  como eu e minha família lidaremos com isso?  Partilhe as suas expectativas com a sua família e também com o seu idoso. Pense em algumas regras básicas de convivência, antes que eles venham morar com vocês. Não presuma que cuidar dos pais será um mar de rosas e que os conflitos não aparecerão.
  • O que acontecerá se morar junto não der certo? Cuidar de seus pais deve incluir outras alternativas. Quais são as outras alternativas, se trazer os pais para morarem com você não der certo? Ou se seus pais precisam de mais cuidados do que você pode oferecer?
  • Quanto cuidado estou disposto a oferecer? Morando juntos levanta a questão de quanto cuidado, trabalho e esforço você poderá dar a seus pais. Será que terei condições de ajudar no banho de meu pai ou de minha mãe, ou ajudar a se vestir e se alimentar? Terei condições de contratar serviço de cuidador profissional ou de empresa de home care? Meus pais aceitarão serem cuidados por outras pessoas?
  • Como pagarei pelas despesas de cuidados de meus pais? Certamente os cuidados dos pais em casa terão um forte impacto financeiro. Cuidar de idosos dependentes normalmente tem um custo financeiro alto. Será que meus pais podem contribuir para o orçamento familiar?  Meus irmãos poderão contribuir? A compreensão clara de como as despesas de cuidados dos pais será tratada, poderá evitar mal-entendidos e brigas entre os familiares.
  • Entre os irmãos, alguém terá melhores condições de cuidar de meus pais? Saberei entender e distinguir essa diferença? Saberei ajudar meus irmãos nessa tarefa? Ajudarei financeiramente, com a minha presença e  meu trabalho? Os irmãos têm condições de, pacificamente, conversar e tratar do melhor cuidado para seus pais dependentes?
  • E quando a alternativa de levar meus pais para uma casa de repouso, uma instituição de longa permanência para idosos é a melhor? Eu e meus irmãos saberemos entender e analisar, com a cabeça fria, essa alternativa?
Uma boa comunicação e planejamento são as chaves para o sucesso na difícil tarefa de cuidar dos pais em nossa casa ou na casa dos irmãos. Com essa perguntas e essas dicas, poderemos minimizar essa séria questão e fazer com nossos pais se sintam verdadeiramente cuidados e amados por todos nós, filhos. Afinal,  cuidar de nossos filhos nos dá sentido de perpetuação; entretanto, cuidar de nossos pais idosos nos dá sentido de gratidão e compaixão!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

BRASIL cai em ranking mundial de logística


País passou de 41º, em 2010, para 45º no último levantamento.

O Brasil perdeu quatro colocações no ranking mundial de desempenho logístico, passando de 41º, lugar que ocupava em 2010, para 45º. O levantamento, que teve o resultado divulgado nesta terça-feira, 15, é realizado pelo Banco Mundial e contou, nesta última edição, com informações de mil operadores internacionais do setor de 155 países.

A queda brasileira aconteceu depois de ganhar 20 posições, entre a primeira e segunda edição, quando ascendeu da 61ª colocação, em 2007, para a 41ª, há dois anos. No levantamento, divulgado na terça, o Brasil teve um desempenho ruim principalmente na questão alfandegária, ficando em 78º lugar neste quesito com 2,51 pontos. A pontuação vai de um (pior) a cinco(melhor).
Se levado em consideração o ranking de dez países com “renda média-alta”, o Brasil ficou em 9º lugar, à frente apenas do México. Dentre estas nações, somente os brasileiros e tailandeses perderam lugares, enquanto África do Sul, China, Turquia, Bulgária, Chile, Tunísia e México ascenderam. A Malásia foi a única a manter a mesma posição.

De acordo com François Arvis, um dos autores do estudo, não há uma justificativa prática para a perda de posições do Brasil. Segundo o pesquisador, a probabilidade mais aceitável é que outras nações avançaram nas questões logísticas, enquanto o País tenta melhorar seus portos e sistema aduaneiro sob a pressão de um comércio e economia crescentes.

Para avaliar o desempenho logístico de cada país, o Banco Mundial leva em consideração questões alfandegárias, de infraestrutura, fretes domésticos, qualidade e competência no serviço, rastreamento, localização e pontualidade.

Neste último relatório, a pesquisa mostrou que os investimentos em logística tiveram uma queda, muito em função da crise mundial que aflige, principalmente, a Europa. No entanto, Mona Haddad, gerente setorial do Departamento de Comércio Internacional do Banco Mundial, destaca que para os avanços de um país é necessária a ampliação e melhorias neste setor.

“As empresas podem produzir bens de maneira muito eficaz, com preços muito bons, mas elas perdem essa vantagem competitiva quando enviam seus produtos para outro país, por causa de ineficiências no transporte”, destaca a executiva.

Para Haddad, as melhorias nas condições logísticas passam por investimentos em infraestrutura com uma “forte cooperação entre os setores público e privado”.

Fonte: http://www.webtranspo.com.br/logistica/25213-brasil-cai-em-ranking-mundial-de-logistica?utm_source=Virtual+Target&utm_medium=email&utm_content=&utm_campaign=newsletter+1090&utm_term=

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Adiada votação do projeto que tributa e-commerce

RICARDO BRITO - Agência Estado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado suspendeu nesta quarta-feira a votação do projeto que tributa operações de comércio eletrônico no País. O presidente da CCJ, Eunício Oliveira (PMDB-CE), concedeu vista coletiva aos integrantes da comissão depois que o líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL), apresentou seu parecer. A sugestão de Renan, que deverá ir a votação na semana que vem, propõe que o Estado onde mora o comprador da mercadoria ficará com a maior fatia do ICMS da transação comercial.

Atualmente, não há regra para se fazer esse rateio do imposto, o que, na prática, garante ao Estado origem do produto todo o montante do ICMS. No parecer à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) no ano passado, Renan não fixou um porcentual para as alíquotas. É provável, como sinalizou o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que o Estado destino fique com 60% em média do imposto.

Durante a sessão, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) protestou sobre o que ela considera de "insensatez" ao se discutir projetos que mexem na alíquota do ICMS de forma separada, como o e-commerce e a proposta que acaba com a guerra fiscal dos portos, aprovada antes pela comissão. Marta, que anunciou seu voto contra a matéria, disse que a mudança proposta originalmente por Delcídio acarretaria um prejuízo de R$ 400 milhões na arrecadação paulista. O Estado será o maior prejudicado com a mudança.

"Nessa condição, agora São Paulo perde R$ 400 milhões. Na matéria passada, outro Estado perde. Isso mostra a insensatez de se discutir essas matérias de forma fatiada", criticou Marta, referindo-se à aprovação do projeto de resolução 72, que será debatido logo mais na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Os líderes governistas dão como certo que haverá pedido de vista na CAE no projeto que acaba com a guerra fiscal. O líder do governo na Casa, Eduardo Braga (PMDB-AM), vai propor na comissão a mesma sugestão anunciada ontem por Delcídio, até hoje relator da matéria: a adoção de uma alíquota única de 4% do ICMS interestadual para produtos importados sem regra de transição.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,adiada-votacao-do-projeto-que-tributa-e-commerce,859795,0.htm