quarta-feira, 28 de março de 2012

E-commerce no Brasil cresce 26% e fatura R$ 18,7 bilhões em 2011

De acordo com a consultoria e-bit, 61% dos novos consumidores são da classe C e o valor médio de gastos chegou a 350 reais.

O comércio eletrônico no Brasil faturou 18,7 bilhões de reais, valor nominal 26% maior que o alcançado em 2010, quando o faturamento foi de 14,8 bilhões de reais, de acordo com a e-bit, empresa especializada em informações do e-commerce.

O gasto médio do consumidor chegou a 350 reais, com 9 milhões de novos e-consumidores, sendo que, desse total, 61% pertencem à classe C. Foram 32 milhões de consumidores que compraram, ao menos uma vez, via web. O estudo não analisou sites de compras coletivas.

Os dados foram revelados nesta terça (13/3) durante a 25° edição do relatório WebShoppers, elaborado pela e-bit, com apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio).

No ranking dos cinco setores de maior número de vendas, produtos eletrônicos ficaram em primeiro lugar com 15%, informática obteve 12%, eletrônicos, por 8% das vendas online, saúde, beleza e medicamentos ficou com 7% e a venda de moda e acessórios somou 7% do total em 2011.

“A categoria [de moda] era pouco procurada por causa da falta de padronagem e da necessidade dos consumidores em experimentar as peças antes da compra. Essas questões passaram a ser trabalhadas pelos varejistas e os resultados começaram a aparecer”, disse o diretor-geral da e-bit, Pedro Guasti.

Em 2012, o e-commerce deve continuar crescendo, no mesmo ritmo apresentado em 2011. Embora o mercado interno esteja aquecido, o cenário internacional poderá influenciar nos resultados. A crise na Europa, a previsão de redução no ritmo de crescimento chinês e o fato de a economia americana ainda estar se recuperando podem gerar algum reflexo negativo no ritmo de crescimento econômico, afetando o varejo como um todo. Por outro lado, a redução na taxa básica de juros e incentivos governamentais, como redução de impostos, poderá equilibrar esse cenário.

A expectativa é que o mercado de vendas online atinja um faturamento de 23,4 bilhões de reais. Somente para o primeiro semestre, quando historicamente acontecem 45% das vendas anuais, são esperadas vendas de 10,4 bilhões de reais.

A taxa de crescimento do e-commerce apresentou uma queda de 1% em relação a 2010, passando de 27% para 26%. “A base de usuários ainda está aumentando, então a tendência é que a taxa de crescimento leve cerca de 2 anos para se estabilizar em um índice 20% anual”, de acordo a diretora de negócios na e-bit, Cris Rother. “Também é esperada uma baixa no valor do gasto médio em 2012, passando para 340 reais”.

Compras Coletivas
O relatório analisa separadamente o mercado de compras coletivas, que já começa a se estruturar e amadurecer, e atingiu um faturamento 1,6 bilhão de reais, com o número de usuários chegando a quase 10 milhões. O quantidade de pedidos foi de 20,49 milhões no ano passado. “As mulheres são 64% das consumidoras da modalidade. A explicação está no fato de que muitos dos produtos e serviços oferecidos são atrativos ao universo feminino, além disso, a forte presença delas em redes sociais contribui para isso”, afirmou a diretora de negócios.

Mobilidade
De acordo com Guasti, o número de compras online realizadas a partir de dispositivos móveis ainda é pequeno, abaixo de 1%. “Não existia nada há dois anos, hoje esse é um canal muito importante para comparação de preços. Os smartphones no Brasil ainda são pouco utilizados. Em 2014 ou 2015 prevemos que ao menos metade da população tenha um celular com acesso a internet e teremos um valor mais representativo das vendas a partir desses aparelhos”, afirmou.

Comportamento
A e-bit descobriu também, em parceria com a eBehavior, empresa de marketing comportamental, que as companhias que analisam o perfil do consumidor apresentam apresentam um número de vendas online muito maior que as concorrentes que não usam essa estratégia. "A venda direcionada garante mais resultados para o comerciante. Com base em dados de navegação, ele pode oferecer o produto certo para o consumidor certo", declarou Guasti.

Índice FIPE Buscapé
O Índice FIPE Buscapé, uma radiografia mensal dos preços de mais de 1,3 milhão de produtos no e-commerce brasileiro, aponta que, entre fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012, houve deflação de 9,75% no e-commerce brasileiro, contrapondo fortemente os índices de preços aos consumidores gerais, como o IPCA-IBGE, que teve aumento de 6,15%, e o IPC-FIPE, que cresceu 5,30% no mesmo período.

Fonte: http://idgnow.uol.com.br/mercado/2012/03/13/e-commerce-no-brasil-cresce-26-e-fatura-r-18-7-bilhoes-em-2011/

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